1. O Reino do Terror Era o ano de 1792, e a França estava em polvorosa. Uma revolução violenta tomara conta da nação, transformando ruas outrora pacatas em campos de batalha. Paris, antes conhecida por sua beleza e cultura, agora ecoava com gritos de fúria e o som arrepiante da guilhotina.Lembram-se daqueles aristocratas elegantes que costumavam desfilar com suas roupas finas? Pois bem, já não se pavoneavam mais. Fugiam para salvar a pele, escondendo-se em qualquer buraco que encontrassem - porões, sótãos, o que fosse. Alguns tentavam escapar do país às escondidas, mas muitos não conseguiam. Eram apanhados e, num piscar de olhos, enfrentavam a lâmina implacável da guilhotina.E quem era o cérebro por trás de todo esse caos? Um sujeito chamado Maximilien Robespierre e seu Comitê de Salvação Pública. Robespierre era como um titereiro, manipulando os cordéis do que chamavam de Reino do Terror. Tinha uma lista mental gigantesca de pessoas que queria ver eliminadas e a percorria como se fosse uma lista de compras. Riscar um nome, mandar alguém para a guilhotina.O mais assustador? Ninguém estava a salvo. Até as pessoas comuns que nunca tinham feito nada de errado viviam em constante medo. Num dia, você podia estar a cuidar da sua vida e, no outro, alguém podia apontar o dedo para si e gritar "Traidor!". E pronto: fim da linha. Era como andar na corda bamba sobre um fosso de crocodilos famintos.Aqueles grandes ideais com que a revolução começara - liberdade, igualdade, fraternidade? Tinham-se transformado em algo feio, como uma bela pintura sobre a qual alguém atirara ácido. Em vez de unir as pessoas, a revolução estava a separá-las. Os vizinhos desconfiavam uns dos outros, os amigos dos amigos.Mas mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre uma réstia de esperança. E, neste caso, essa esperança surgiu na forma de sussurros. No início, eram silenciosos, quase inaudíveis por cima dos gritos e do som da guilhotina. Mas, aos poucos, foram ficando mais altos e mais insistentes.Esse herói das sombras estava a oferecer uma tábua de salvação àqueles que tinham sido marcados para morrer. Era como se estivesse a jogar um perigoso jogo do gato e do rato com o Comitê de Salvação Pública, sempre um passo à frente, sempre fora de alcance.À medida que os sussurros se espalhavam, traziam consigo uma centelha de algo que há muito faltava: esperança. Em meio a todo o derramamento de sangue e medo, as pessoas ousaram sonhar novamente. Imaginaram um futuro em que não precisariam olhar constantemente por cima do ombro, em que poderiam andar pelas ruas sem medo.Mesmo quando o Reino do Terror continuava a lançar a sua sombra negra sobre a França, uma pequena chama de resistência tinha sido acesa. A figura misteriosa, fosse quem fosse, tinha mostrado que era possível enfrentar a loucura. Provou que, mesmo diante de uma adversidade esmagadora, a coragem e a compaixão podem fazer a diferença.Quando a noite caiu sobre Paris, a cidade susteve a respiração. A revolução continuava, mas agora havia um novo elemento em jogo. As regras tinham mudado, e ninguém sabia ao certo o que aconteceria a seguir.E então, no silêncio da noite, algo estranho começou a acontecer. As pessoas começaram a encontrar pequenas flores vermelhas nos lugares mais inesperados. No início, ninguém sabia o que fazer com elas. Mas logo se espalhou a notícia de que essas pequenas flores estavam de alguma forma ligadas ao misterioso herói que estava a salvar pessoas da guilhotina. Era como se essas pequenas flores tivessem algum tipo de poder mágico, afastando as nuvens negras do medo que pairavam sobre a França. A cada flor encontrada, uma centelha de esperança acendia-se no coração das pessoas. O que significavam essas flores?
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