O Pathfinder estava prestes a liderar um grupo bastante diversificado nessa jornada até Fort Oswego. A primeira a chegar foi Mabel Dunham, uma jovem de olhos arregalados, absorvendo cada detalhe da floresta ao seu redor. Ela estava ansiosa para rever seu pai, mas destoava completamente naquele ambiente selvagem. Em seguida, chegou seu tio, Charles Cap, um velho lobo do mar que parecia tão deslocado em terra quanto um peixe fora d'água. Ele não parava de reclamar da falta de mar e de convés firme.Ao partirem, Pathfinder movia-se entre as árvores como se fosse parte delas, quase sem fazer barulho. Os outros? Bem, tropeçavam atrás dele como um bando de potros recém-nascidos. De vez em quando, Pathfinder parava para apontar rastros de animais ou explicar os usos das diferentes plantas.Chegaram a um riacho e, juro, Cap olhou para ele como se fosse um monstro prestes a atacá-lo. Pathfinder, tranquilo como sempre, ensinou-lhes a atravessar sem virar comida de peixe. Mas Cap? Acabou encharcado até os ossos, praguejando de uma forma que faria um marujo corar.Durante a caminhada, Mabel começou a fazer perguntas ao Pathfinder sobre a floresta. Caramba, era de ver os olhos dele brilharem. Parecia uma criança numa loja de doces enquanto falava sobre as árvores, os animais e a terra que tanto amava. Jasper entrava na conversa de vez em quando com informações sobre os lagos, e dava para sentir a tensão crescendo entre ele e Pathfinder.Quando a noite se aproximou, Pathfinder mostrou seu verdadeiro valor. Montou um acampamento mais aconchegante que muitas casas por aí. Ensinou os outros a construir abrigos que os manteriam secos caso o céu resolvesse desabar.Aconchegados ao redor da fogueira, Pathfinder contava histórias da fronteira que deixavam todos de queixo caído. Com suas palavras, pintava imagens de vastas florestas, lagos cristalinos e o tipo de liberdade que só se encontra longe da civilização. Cap ainda resmungava, mas até ele teve que admitir que Pathfinder sabia das coisas. Mabel bebia cada palavra, e não pude deixar de notar que ela começava a olhar para Pathfinder com algo mais que mero respeito.Quando todos se acomodaram para dormir, Pathfinder ficou de vigia. Sentado como uma estátua, seus olhos vasculhavam a escuridão e seus ouvidos captavam cada pequeno ruído.No silêncio da noite, com o fogo crepitando e a floresta viva com todos os tipos de sons noturnos, quase dava para sentir o espírito da natureza selvagem. Estava em cada respiração do Pathfinder, em cada farfalhar das folhas, em cada uivo distante de lobo.Conforme a noite avançava e a fogueira se reduzia a brasas, os ouvidos aguçados do Pathfinder captaram algo que o fez ficar alerta. Seria o estalar de um galho ao longe? Ou talvez o som suave de passos que não pertenciam a nenhum animal conhecido? Sua mão foi instintivamente para o rifle enquanto ele perscrutava a escuridão, imaginando os desafios que o novo dia traria.